Um mundo todo à disposição, em segundos e com um simples toque no celular. Quem um dia iria imaginar que poderíamos quebrar todas as fronteiras utilizando por exemplo, um telefone celular? 

Hoje isso já é tão natural à população, que o difícil é pensar em como a sociedade vivia sem a internet e os dispositivos móveis. E se um simples toque pode nos levar tão longe, ele também pode nos garantir uma vaga de emprego. 

Isso mesmo. Agora, cada vez mais as oportunidades profissionais invadem o universo virtual e quem está de olho nesse movimento, seja as empresas ou mesmo quem busca um emprego, tem muito mais chances de ter bons resultados. 

"O processo de recrutamento está mudando porque as empresas têm que se adaptar à velocidade das informações. Elas precisam constantemente se atualizar, se atentando aos canais de divulgação e comunicação com o público", comenta Thiago Spiri Ferreira, coordenador do Curso Superior Tecnológico em Gestão de Recursos Humanos, da Faculdade Pitágoras em Londrina. 

E se depender das pesquisas, os dispositivos móveis, em especial os smartphones, devem ganhar mais atenção das empresas e agências de emprego. É porque a cada ano aumenta o número de pessoas que utilizam os aplicativos (apps) para desempenhar tarefas, atividades e buscar serviços. 

A pesquisa IMS Mobile LatAm Study, realizada pela Comscore em parceria com a Internet Media Services (IMS), em janeiro deste ano, aponta que mais de nove em cada dez latino-americanos on-line possuem ou utilizam um dispositivo móvel com regularidade. 

Foram entrevistados 4.044 pessoas de seis países, incluindo o Brasil. Cerca de 22% passam 20 horas ou mais por semana usando a internet através dos smartphones e 99% têm aplicativos baixados em seus aparelhos. E a média de apps baixados é de 18 entre os entrevistados. 

"O mercado de desenvolvimento de aplicativos para smartphones vem crescendo muito no Brasil e no nosso Estado, principalmente nos últimos cinco anos", afirma Lucas Santos, presidente da Associação Brasileira das Agências Digitais (Abradi) no Paraná. 

ACESSO
Em relação aos apps de emprego, Santos observa que as grandes corporações já os utilizam há tempos, mas que as empresas de médio porte estão aos poucos, se inclinado para essa realidade. 

"A vantagem é que tenho um ambiente em que posso me relacionar com pessoas da minha área, chegar às pessoas certas da empresa, como os recrutadores e, além disso, dispor meu currículo de várias formas, seja em imagens e apresentações", diz ele, citando um dos aplicativos mais populares, o LinkedIn. 

Quem pode afirmar isso é o londrinense Felipe Oliveira Gimenes, de 24 anos. Há pouco mais de dois anos, ele estava de olho em uma vaga na área de Tecnologia da Informação (TI) de uma multinacional. 

Pensando em "fisgar" essa oportunidade, criou um perfil no LinkedIn e além de colegas da área, adicionou um dos responsáveis pelo recrutamento da empresa. "Em menos de dois meses, essa pessoa me convidou a participar do processo seletivo. Participei de testes, incluindo de inglês e conhecimento técnico, e poucos dias depois já estava trabalhando. Não imaginava que ia ter esse alcance e que a ferramenta ia funcionar e de forma tão rápida", conta. 

Santos ainda acrescenta entre as vantagens, a possibilidade de criar uma rede de conexões, a facilidade para pesquisas e a comodidade. "As empresas têm mais chances de serem assertivas nas contratações porque em termos de qualificação, os aplicativos dispõem de filtros de pesquisa que as levam até os perfis desejados. É claro que a entrevista, o processo seletivo físico, não é descartado", acrescenta. 

Fonte: Folha de Londrina, 06 de julho de 2015.