Você já ouviu falar na Síndrome do Edifício Doente (SED)? Quando uma parcela significativa dos ocupantes de um edifício apresenta sintomas persistentes como alergia, dor de cabeça e garganta, irritação dos olhos, tonturas, náuseas e fadiga, mas que não vêm de sensibilidade ou doença e desaparecem após a saída do prédio, é certo que estes sintomas estão relacionados com as condições ambientais do espaço.
“A Síndrome do Edifício Doente é comum mas, por falta de informações, as pessoas confundem os males com sintomas alérgicos, gripe ou outra enfermidade”, afirma Clovis Cechinel, médico do setor da Medicina do Trabalho do Laboratório Frischmann Aisengart.
O caso mais notório relacionado com a SED ocorreu em julho de 1976, no centenário Belevue Stratford Hotel, onde ocorria a convenção anual da Legião Americana de Veteranos da Guerra da Coreia. Os participantes evoluíram com desconforto respiratório durante o evento. Posteriormente identificou-se como causa a bactéria Legionella pneumophila, que estava presente nos ductos do ar-condicionado, sem a devida manutenção. Foram mais de vinte casos fatais.
A SED provém basicamente de quatro fontes principais: biológica -bactérias, fungos e vírus; química – monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio (combustão de GLP e cigarros), formaldeídeo - preservação de tecidos e mobiliários; partículas respiráveis - microfibra de amianto, lã de vidro, fibras naturais, poeira/pólen. “Além destas quatro principais, existem também as estruturais, provenientes de ruídos, renovação do ar e umidade e iluminação”, revela Cechinel.
Segundo o médico, a Síndrome afeta diretamente a qualidade de vida dos funcionários e a sua produtividade, pois estes, ao passarem mal, necessitam se ausentar do ambiente do trabalho, impactando em resultados insatisfatórios tanto para o funcionário, quanto para a própria empresa.
Fonte: Bem Paraná, 03 de junho de 2014.