Quando o funcionário não enxerga que é hora de dar uma "desligada", o líder precisa entrar em ação e mostrar que pausas são fundamentais tanto para o trabalhador quanto para a empresa. "É papel de um bom líder entender como anda a produtividade dos seus funcionários e dar um feedback para ele. Se a pessoa tem ficado constantemente doente, estressada, o responsável precisa recomendar férias para que este funcionário volte descansado e com os problemas resolvidos", frisa Christian Barbosa, especialista em administração de tempo e produtividade. 

O consultor cita que é muito comum hoje nas organizações acontecer o absenteísmo. "A pessoa vai trabalhar, mas não rende nada porque está cheia de problemas, inclusive de saúde", explica. "O líder tem que ficar atento e identificar isso." 

Um período de descanso leva a pessoa a produzir mais, fazendo mais tarefas durante o dia, e a lidar melhor com problemas complexos dentro da empresa. A pausa ainda aumenta o nível de foco, de concentração e a qualidade do sono é melhor. Funcionário descansado é menos reativo, nervoso e ansioso. Mesmo com tantos fatores positivos, muita gente ainda reluta em folgar. "Tem gente que não gostar de tirar férias com medo de perder a posição na empresa e de quando voltar não seja tão necessário. Isso é errado. As pessoas tem que ser capazes, cada vez mais, de delegar tarefas para crescer na carreira executiva", ressalta Barbosa. 

O consultor relata que é preciso haver uma mudança de paradigma e entender que ninguém é insubstituível e que sempre haverá oportunidades para que a pessoa quebre o ciclo. "Não dá para achar que trabalhando cinco anos sem férias ou pausa vai continuar rendendo o mesmo que no início", adverte.(L.F.C.)

Fonte: Folha de Londrina, 09 de junho de 2014.