Depois da polêmica que envolveu a criação da disciplina "O Golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil" na UnB (Universidade de Brasília), a UEL (Universidade Estadual de Londrina) vai realizar um seminário de três dias, aberto ao público e gratuito, com o mesmo tema e nome. 

Previsto para os dias 26, 27 e 28 de março, o seminário, organizado por professores da UEL, vai colocar em pauta discussões sobre o sistema político brasileiro e sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff, o que entendem por ruptura democrática, ou golpe, ocorrido em 2016. 

Durante as atividades, também haverá espaço para analisar a administração de Michel Temer e a agenda de ações do governo em relação aos direitos sociais; examinar os desdobramentos da crise política no Brasil; e estudar possíveis caminhos para restabelecer o Estado de direito e da democracia no país.

No começo do ano, uma disciplina optativa intitulada "O Golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil" foi criada na UnB e recebeu criticas do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM). O ministro solicitou à AGU (Advocacia-Geral da União), ao TCU (Tribunal de Contas da União), à CGU (Controladoria-Geral da União) e ao MPF (Ministério Público Federal) que apurassem se o professor responsável pela disciplina e demais envolvidos cometeram crime de improbidade administrativa.

Programação 

Segunda-feira (26) 

08:30 - Mesa redonda: Contexto e fundamentos do golpe 
19:15 - Mesa redonda: O golpe e o judiciário brasileiro 

Terça-feira (27) 

08:30 - Mesa redonda: O golpe e as políticas públicas 
19:15 - Mesa redonda: O golpe e os movimentos sociais 

Quarta-feira (28) 

08:30 - Mesa redonda: O golpe, a cultura e a arte 
19:15 - Mesa redonda: O golpe e a mídia 

Os componentes das mesas redondas ainda não foram divulgados. O evento é gratuito e aberto ao público. Oficialmente inscritos terão direito a certificados. 

Local 

Anfiteatro maior do Centro de Ciências Humanas (CCH), no campus da UEL. 

Fonte: Bonde, 15 de março de 2018.